22/08/2012

prova de vida

é verdade estou viva (ou alguém que me tenha "fanado" a pass disto).

Estou há mais de um mês ao serviço - incansável - da nação. A baixa foi pequeníssima e nem tive tempo de fazer um bolo vejam lá. Diz que fiquei curada das minhas maleitas nas miudezas, oxalá que sim, mas só o tempo dirá.

Felizmente tenho tido trabalho até não poder mais. Chego pelas 8h estou a sair depois das 19h. Não tenho tido fins-de-semana. Parece que é sempre assim quando se criam novas entidades em Portugal, não sei. Só sei que estou a aguentar-me por um fiozinho muito fino e quebradiço, ali no limiar de um esgotamento nervoso, mas já com úlcera dos nerves, até daqui a uma semana, altura em que estarei em alto mar e sem rede!

Amo a perspectiva!

Nos entretantos, sem tempo nenhum para isto :-(

11/07/2012

a ironia

A ironia e castigo da vida por não ter conseguido um quarto privado, num hospital privado e após autorização do seguro, na noite anterior a uma cirurgia relacionada com problemas de infertilidade, por ter havido um boom de grávidas a fazerem cesarianas hoje...




odeio mulheres férteis!


:-)

09/07/2012

(Já) em modo defensivo

Sabendo de antemão o que aí vem [carradas de blasfémias a este credo do funcionário público] resta apenas começar a pensar em medidas alternativas às que o governo certamente já tinha em manga caso se verificasse este cenário da inconstitucionalidade – ah e tal julgam que estes gajos estão a dormir? As continhas estão feitas hácanos!

Eu tenho uma. E é rápida. Basta implementar e fazer com que funcione grande parte dos regimes que já foram criados para inglês – ou será alemão? – ver e o resultado pode ser uma agradável surpresa. Mobilidade e avaliação. Há muito funcionário público sem fazer nenhum? Verdade. Há muita entidade a queixar-se que não tem mãos a medir e faltam-lhe recursos? Verdade. E o que fazem para colmatar essa falha? Outsourcing, pois é. A quem? Empresas de trabalho temporário e consultoras, vão por mim são contratos que valem milhões por ano (assim, tipo a lot de milhões). E transferir o pobre funcionário que está sem fazer nada e até tem qualificações e experiência para fazer aquele trabalho? Upa upa ninguém sabe bem como é que aquela coisa da mobilidade funciona e tal e depois é uma chatice porque nunca se sabe o que nos sai na rifa. Pois, pois, porque quando se contrata fora é tudo de excelência, né?

E depois há aquela coisa do funcionário público que não faz nada e falta todas as semanas e vem trabalhar bêbado e a lei protege-o e tal, e que se fosse na privada já estava despedido [a receber RSI muito provavelmente] e coiso e tal. Chefes deste mundo e arredores (by the way, uma década de trabalho na administração pública levam-me a crer que uma boa parte das chefias vem do sector privado [consultores ahahaha], nomeados por compadrio daqueles que criam as comissões especiais para fiscalizar as nomeações públicas e com regimes apertadíssimos de nomeação e coiso), dizia, chefes deste mundo e arredores existem meios, mecanismos, vá, sistemas que podem “entrar em produtivo” e que permitem avaliar negativamente os seus fiéis súbditos quando não se comportem à altura. Existem também meios, mecanismos, vá, instâncias que podem fiscalizar baixas fraudulentas e – pasmem-se – os funcionários públicos podem e DEVEM ir passear verificando-se fundamento para tal. A tal década mostrou-me que as chefias estão-se nas tintas para a avaliação – dão sempre por cima para não se chatearem – e jamais considerariam a abertura de um processo disciplinar ao funcionário bêbado que dorme durante o horário de expediente. Jamais.

E se pensam que esta medida tem um impacto muito pequeno no orçamento de estado, desenganem-se. Vão muitos milhões por ano na má gestão dos recursos humanos existentes.

21/06/2012

thank GOD for internet

e toda a minha vida mudou quando descobri o prince of persia gratuito na net.



um mimo!

(e há para todos os gostos)

18/06/2012

lei de murphy, não há duas sem três, um mal nunca vem só...

vão mazé pastar e deslarguem-me da mão, por favor.

com uma cirurgia agendada para daqui a dias, com a publicação da extinção de uma empresa às 16h30 de uma quinta-feira para entrar em vigor no dia seguinte, com altos dirigentes histéricos receando a perda de tachos e frigideiras, com divergências no IRS, passando de uma situação de reembolso para uma situação de pagantes, com tantas análises, exames e consultas para ir...

e a cabra da empregada moldava (desculpem-me os activistas pelos direitos dos emigrantes, mas hoje tem de ser) anuncia-me que irá entrar de férias por 2 meses?

WHAT THE FUCK?! 2 MESES? mas alguém tem direito ou sequer possibilidades para tirar dois meses de férias?

...e ainda piorou o cenário quando se justificou no facto de precisar de mais tempo para organizar o baptizado do menino (a cabra moldava também me pregou uma partida e ainda há 3 meses atrás regressou de uma licença de 7 meses O_o)

05/06/2012

and the winner is...

Para abrilhantar o início da silly season nada melhor que um europeu de futebol.

30/05/2012

dos desportos radicais

se há coisa que me enche de adrenalina a pontos de ficar com palpitações é estar numa esplanada, de preferência à beira rio, a beber uma jola e comer, em simultâneo, tremoços.

24/05/2012

quinta-feira, dia 24 de maio de 2012

Bom e hoje é quinta-feira, dia imediatamente seguinte a quarta-feira e anterior a sexta-feira, e quarto dia de luto de uma vida que não chegou a ser concebida. Não tenho jeito nenhum para ficar triste tanto tempo e até estou surpreendida por ter conseguido ficar pelo menos até aqui. O problema é que parece visceral e de quando em quando lembro-me que estou triste pra caralho, mas depois esqueço-me e está tudo bem ou não fosse neta da Noélia, a maior força da natureza que já alguma vez existiu e, caramba, alguma coisa dela devo ter herdado.

Posto isto, o que se segue? Sexta-feira, não?

18/05/2012

last day standing

caixotes fechados, haveres pessoais na bagageira do carro e computador quase desligado. último dia de campo pequeno, último dia deste edifício, último dia deste descomplexado e bem disposto grupo de pessoas que se encontram juntas.

entre outras coisas que agora não ma lembro sentirei falta do seguinte:

- brisa de maracujá no sá;
- costureira brasuca anã perversa;
- sapateiro mal encarado;
- pizzaria buona bocca;
- tezenis campo pequeno;
- ticket line;
- pingo doce, dia e mini preço;
- loja viva;
- metro;
- pastelaria do continental;
- pasteis de nata do arco-íris;
- manobras complexas e criminosas na rotunda mais próxima;
- gulbenkian;
- 6 multibancos num raio de 50 metros de diâmetro;
- paladar zen;
- h3;
-

vou actualizando a lista... a net vai-se desligar, estou indo...fui...pluft

15/05/2012

chá das 18h

Lisboa, 14 de Maio de 2012,

Um calor que não se pode. Uma gaja sai do trabalho cheia de securas e sabe que só uma imperial é capaz de a tranquilizar, mas não pode, diz que não pode. A gaja decide então, imbuída num espírito altruísta, beber uma áuguinha das pedras enquanto acompanha o amor de sua vida a buber uma imperial.
Missão encontrar uma esplanada numa zona ribeirinha em Lisboa, pela Primavera por volta das 18:30: Clube ferroviário fechado, no comments, Delidelux fechado, no comments, Pizzaria Casanova? Aberto e com esplanada:

Nós: Olá, mesa para dois por favor, mas apenas para beber um copo.  

Eles: Depende. Isto é um restaurante, logo, se quiser beber chá ou café pode estar à vontade, mas se quiser álcool tem de comer qualquer coisa.

Nós: Ói?

14/05/2012

drama de fds

Socorro!


fumei um cigarro às escondidas do meu mais que tudo.


era de mentol e muito fininho!

10/05/2012

conspirações

sooooooooo,

sentadinha aqui no trabalho tenho uma vista privilegiada para as traseiras e terraço (telhado) de um hotel de 5 estrelas onde por raras vezes se podem ver uns homenzinhos em trabalhos de manutenção de ventilações, ar condicionado, mas pouco mais.

Contudo, de há uns dias a esta parte ando a ver uma movimentação estranha: homens de fato e gravata. Vêm sozinhos, um de cada vez, entram num pequeno espaço que mais parece um contentor e ali ficam durante horas. Saiem depois um de cada vez e tão ligeirinhos quanto entraram.

Eu odeio teorias da conspiração e afins, mas acho estranho, não acham??

07/05/2012

weather forecast



Escampar

Expressão açoreana que designa o momento em que pára de chover. Exemplo: Está a chover muito, vou esperar que escampe* para sair.


* talvez lá para quarta-feira.

04/05/2012

fermentação


Devido ao carácter sagrado dos milhões que me foram inseridos hoje e ao processo de fermentação que agora se pretende iniciar, estou em casa, às custas do Estado e do contribuinte claro, e pretendo pendurar-me de cabeça para baixo no estendal. 
Já que nada mais há para fazer que esteja ao meu alcance ao menos a gravidade faça o seu papel.
bom fim-de semana :-) 

03/05/2012

Coisas que eu gostaria que explicassem

A começar pelo governo. E esqueçam a Assunçãozinha que a sua cara bolachuda não me convence. O governo que depressa anuncia que anunciará metas, objetivos, estratégias, relatórios, propostas e, quiçá ainda esta legislatura, uma decisão sobre a matéria que, assim só por acaso, passou-lhe completamente ao lado e há que dar tempo para contratar economistas doutores graduados em diversas coisas nenhumas para lhes explicar exactamente qual é a matéria em causa.

Gostava ainda que os deputados também nos explicassem estas coisas e não fossem tão politizados. Do discurso inflacionado e reacionário de esquerda que acredita que se trata de terrorismo económico cujo objectivo é tirar o povo da rua e enganá-lo com alvíssaras diversas, passando aos salta-casaquinhas que ora acham que está tudo bem, ora acham que a culpa é do governo, terminando nos que acreditam piamente que o governo tudo fará, aliás já está a fazer, em bom rigor até já fez, para encontrar os responsáveis e anunciar um pacote legislativo sobre a matéria, fica o cidadão completamente baralhado ou, não menos frequente, adere sem apelo nem agravo a uma das posições extremadas dos seus partidos.

Também costumo sonhar com uma espécie de jornalismo informativo e pedagógico que não se limita a anunciar os comunicados de imprensa das entidades públicas e privadas, mas procura conhecer os factos que se encontram detrás desses comunicados.

Gostaria assim de viver num mundo ideal onde cada um por si só e todos nós em uníssono procurássemos estar informados acerca das matérias que falamos, trabalhamos ou noticiamos. Mas isso não acontece e eu, não sendo boa-samaritana diariamente, mas apenas a cada duas semanas, tendo visto/ouvido algumas barbaridades quanto ao assunto dos descontos no pingo doce e a possível prática de dumping, decidi partilhar convosco aquilo que sei. então:

O que é o dumping?
Estrangeirismo usado na gíria dos economistas e analistas de mercado. Tirem-lhes a expressão e ficam sem saber como dizer aquilo. Significa a venda com prejuízo.

É proibida a venda com prejuízo?
A nossa legislação proíbe a venda de um bem a um agente económico ou a um consumidor por um preço inferior ao seu preço de compra efectivo.

O que é o preço de compra efectivo?
O preço de compra efectivo (conceito que muita dor de cabeça dá a economistas, gestores e afins) é o preço constante da factura de compra, após a dedução dos descontos directamente relacionados com a transacção em causa que se encontrem identificados na própria factura.

O desconto do Pingo Doce não é comparável com os saldos?
A proibição de venda de bens com prejuízo não é aplicável à venda de:

-        Bens perecíveis, a partir do momento em que se encontrem ameaçados de deteriorização rápida; [é muito comum nas superfícies comerciais hoje em dia fazerem promoções para acabarem com o stock de um produto cujo prazo de validade está a terminar]

-        Bens cujo valor comercial esteja afectado, quer por ter decorrido a situação que determinou a sua necessidade, quer por redução das suas possibilidades de utilização, quer por superveniência de importante inovação técnica [bikinis no inverno, mesas de jardim depois do verão, etc];

-        Bens cujo reaprovisionamento se efectue a preço inferior, sendo então o preço efectivo de compra substituído pelo preço resultante da nova factura de compra;

-        Bens cujo preço se encontre alinhado pelo preço praticado para os mesmos bens por um outro agente económico do mesmo ramo de actividade que se encontre temporal e espacialmente em situação de concorrência efectiva com o autor do alinhamento [há quem lhe chame de espionagem comercial e há quem ande a correr as prateleiras de supermercado à procura de preços];

-        Bens vendidos em saldo ou liquidação [txarammmm].

Os funcionários do Pingo Doce estão sempre sorridentes?
Falso. Não há qualquer evidência de ser humanamente possível estar sempre sorridente quando se está a trabalhar.

Nota 1:
Se A comprou a B por 50 e vende a C por 100 não significa que a diferença (50) seja lucro. A estrutura de custos de um bem não se resume ao seu preço de compra efectivo, existindo muitos outros custos que devem ser contabilizados, tais como gastos com pessoal, com a distribuição dos bens e a sua manutenção, custos das estruturas de venda (lojas), custos de marketing, etc.

Nota 2:
Por vezes, em circunstâncias perfeitamente normais, os operadores económicos têm comportamentos de marketing bastante agressivos. Nem sempre tais comportamentos constituem a prática de venda com prejuízo, mas em boa parte das situações siginifica uma de duas hipóteses (e, infelizmente, não muito raramente as duas em simultâneo):

        - Mark up (outro estrangeirismo giro) é a fixação inflacionada de um preço como forma de lhe aplicar um desconto comercial maior. É muito comum nas promoções do continente, por exemplo, quando um produto que geralmente é vendido a 5 passa a 10 e depois é-lhe aplicado um desconto de 25% ou 50%. Esta estratégia comercial adoptada por esta cadeia de supermercados é incrivelmente eficaz. O povinho (myself included) compra, acreditando que está a fazer um bom negócio a comprar aquele bem com aquele enorme desconto e depois o desconto não é aplicado na factura, mas sim em talão para ser novamente gasto na mesma superfície comercial. Eles nunca ficam a perder.~

        - Estratégia comercial. Um enorme desconto nos lacticínios pode ter como objectivo levar o povinho àquela superfície comercial num determinado período em que se realiza uma feira, por exemplo, de vinhos e enchidos em stock excedente que necessita ser escoado.



…e muito mais havia para dizer, mas agora não temos tempo. Há que trabalhar em prol deste país, dos contribuintes e a bem da NAÇÃO!

02/05/2012

first things first

anos de concertação pública e evidente dos preços de combustíveis nas duas principais marcas de postos de abastecimento e agora vamos lá multar o pingo doce pela prática de dumping...

30/04/2012

looking forward to

Não sei bem o que pensar do Sean nestas vestes:



mas a imagem não podia estar mais colada à do Rober Smith. Curioso que o excesso de dramatização que é a marca de representação do Sean pode até ficar apagadinha pela excessiva caracterização que este filme aparenta ter. A ver vamos, muitro curiosa!

27/04/2012

a escala


Da primeira vez que entrei no IPO do Porto como acompanhante da minha mãe fiquei completamente desolada com o número de pessoas que lá estavam.


Hoje, ao entrar na clínica de PMA, vieram-me as lágrimas aos olhos. Somos tantos.



(e agora fiquei com os olhos em bico ao ver esta nova plataforma de postagem. que coisa mais bonita)

24/04/2012

consignação do imposto

Pessoas!

Não se esqueçam de fazer a consignação do vosso imposto para instituições de apoio social aquando da submissão da vossa declaração anual de IRS.

Tenham atenção, pois não é toda e qualquer entidade que pode benefeciar da vossa generosidade, mas apenas as entidades que tenham processo deferido para benefício fiscal da consignação de quota do irs de 2011.

não custa nada :-)

23/04/2012

agente provocador

Parece que a PSP ameaçou os tugazinhos que iria ter tolerância zero nas próximas manifestações.



Eu sempre reagi mal a ameaças. Por exemplo, agora apetece-me incendiar um carro.

18/04/2012

estado de alma

Deixal
Expressão micaelense enfatizando um sentimento/atitude de deixa estar, deixa andar, pouco importa. Exemplo: "Eles estão a controlar as nossas entradas e saídas, temos de ter cuidado." "Deixal".

Vou-te sofrê
Expressão micaelense utilizada no culminar de conversas ou discussões. Significa que não queremos aturar o destinatário.
Exemplo: "Se continuares com esta atitude é provável que venhas a sofrer as consequências." "Vou-te sofrê".

17/04/2012

Really???

e no entanto é bom saber que também aqui no burgo existe quem tenha como preocupação imediata onde ir cortar o cabelo ao puto de dois anos já que o anterior cabeleireiro não acerta os jeitos naturais do cabelo do petiz. Já lhe deram 2 hipóteses e não acertou com nenhuma. "O puto vinha com um ar esgroviado!"


a vida continua...

compromissos

Há um certo diz que disse que começa a fazer parte da normalidade no quotidiano dos portugueses. Associado ou não a um crescente jornalismo incompetente e desresponsabilizado, certo é que este governo tem sido profícuo em anúncios de medidas cuja execução tarda a chegar se é que alguma vez vai chegar. Aliás, não me lembro de outro executivo que fosse tão mau em relações públicas já para não falar em visão estratégica ou apenas e tão-somente em ter visão.
Já lá vão cerca de 18 meses desde que o governo anterior anunciou a extinção de algumas entidades cuja lista foi actualizada, e em boa parte reconfirmada, pelo novo executivo. As entidades a extinguir ainda cá estão, as extintas cá estão ainda e as que eram para ser criadas suponho que não passarão do papel.
Por si só isto é triste, mas é também grave na medida em que muitas destas entidades ficaram sem chão. Projetos que foram à vida, medidas que deixaram de ser implementadas à espera que venha o novo organismo prometido, funcionários que não sabem o dia de amanhã um ano e meio depois.
Esta situação foi ainda agravada por uma série de medidas de execução orçamental verdadeiramente patéticas que demonstram, sem margem para dúvidas, que este governo mais não é do que um aglomerado de pseudo-técnicos sem nenhuma experiência governativa ou sequer experiência na vida público/administrativa e que acham que se governa um país, mais coisa menos coisa, como se governa uma fábrica de parafusos. Exemplo disso é a Lei dos Compromissos. Quero acreditar que a leitura dos primeiros artigos desta lei é um verdadeiro regozijo para qualquer jurista que se preze. Nem resisto a deixar aqui uma definição que consta daquela pérola legislativa só para aliviar os ânimos (pelo menos o meu): «Compromissos» as obrigações de efetuar pagamentos a terceiros em contrapartida do fornecimento de bens e serviços ou da satisfação de outras condições. Os compromissos consideram -se assumidos quando é executada uma ação formal pela entidade, como sejam a emissão de ordem de compra, nota de encomenda ou documento equivalente, ou a assinatura de um contrato, acordo ou protocolo, podendo também ter um caráter permanente e estar associados a pagamentos durante um período indeterminado de tempo, nomeadamente salários, rendas, eletricidade ou pagamentos de prestações diversas;
Portanto, dúvidas houvesse sobre o que era isto de se fazer uma encomenda e ter de a pagar, e este governo dirimiu-as sem margem para dúvidas: trata-se de um compromisso!
Bom, continuando, o que é verdadeiramente contraproducente e revelador da falta de visão do executivo, é que as medidas quando anunciadas têm consequências imediatas – acho que o passinhos e o vivi não sabem disso – mas a não serem executadas ou sequer pensadas são paralisantes. Ora se se pretende defender que existem entidades e funcionários a mais faz sentido deixá-los em banho-maria, sem trabalho ou projetos à espera de um futuro que não se sabe quando ou como vai vir? É este um bom exemplo do que pretende fazer com o capital humano que este Estado detém e também com o dinheiro público?
É impressão minha ou este governo tendo como intenção definir o conceito compromissos acabou por esvaziá-lo de qualquer sentido?

12/04/2012

venham dois que só um é pouco

Uma grande amiga minha soube ontem (à minha frente, o descaramento) que estava grávida.

Pormenor: é o segundo crianço. O primeiro foi concebido no 1.º ciclo que teve assim que deixou de tomar a pílula e o segundo no 1.º ciclo que teve depois de ter nascido o primogénito. Claro que lhe fiz saber a afronta que me fazia com toda esta fertilidade e lhe chamei de vaca parideira à procura de descontos no irs e subsídio de famílias numerosas.

Ao menos prometeu oferendar-me com um para criar caso fossem gémeos.

E eu aceitei, claro.
  

10/04/2012

esta é a minha forma de dizer ao mundo

que sou diferente.


Isto de andar com o cabelo todo encaracolado é apenas uma manifestação da minha revolta interior e a única forma que tenho de vos dizer que «Eu sou diferente, eu não sou como vocês, eu recuso esta sociedade hipócrita, eu assumo-me».

09/03/2012

geração marmita

Reduzem-nos o salário, tiram-nos subsídios, aumentam-nos os impostos e as taxas, mas é na boa, vamo-nos readaptando a cada dia que passa a um novo ritmo e a outra qualidade de vida – que é como quem diz menor qualidade de vida.

Deixamos de comprar umas coisas, compramos outras, desistimos de alguns planos de viagem, desistimos da troca das cortinas e do sofá, reajustamos planos de procriação, pedimos orçamentos a 5 farmácias antes de aviarmos uma receita, procuramos médicos não por recomendação, mas por protocolo, trazemos os lanches e o almoço para o trabalho, só vamos aos postos de abastecimento low cost, vimos juntos para o trabalho, aderimos ao via-card, mandamos e-mails para a câmara quando o sistema de rega funciona ininterruptamente ou quando um poste de luz está a fazer curto-circuito, não fazemos compras para o mês e dividimos as compras por tipo de produtos, fazemos pesquisa por vários supermercados e só lá compramos se for mais barato, fazemos açorda de ovas de bacalhau porque é barato, deixamos os almoços de petisco ao fim-de-semana para o próximo fim-de-semana e os jantares caprichosos resumem-se à celebração de aniversários, desenvolvemos técnicas de aproveitamento de restos, desperdiçamos três fins-de-semana a pintar mobília antiga para não ter de comprar nova, aderimos à tarifa bi-horária, máquina de lavar loiça só a partir das 22h, máquina de lavar a roupa antes de ir deitar, acordamos mais cedo para estender a roupa lá fora e foda-se que estão 2 graus, trocamos os iogurtes gregos por iogurtes continente, compramos peras e maçãs que não sabem a nada porque são produtos nacionais, escolhemos a dedo quais os filmes para se ir ver ao cinema, não vamos ao teatro e, ocasionalmente, permitimo-nos a um concerto, renegociamos o spread da casa, dos seguros dos carros, do seguro de vida, do seguro da casa, protestamos com a costureira o preço de umas bainhas ou do arranjo do cós, levamos sapatos ao sapateiro para que os recupere para mais um ano de calçada portuguesa, trocamos os pneus da frente com os de trás para que durem mais uns meses, adiamos a revisão do carro para quando voltarmos a ter subsídio de férias, marcamos no calendário o dia de pagamento do IUC e reforçamos a conta no dia anterior, não entramos nos saldos da viva, nem da h&m, nem da zara, deitamos fora o catálogo da la redoute assim que aparece na caixa de correio, reduzimos a velocidade máxima a que circulamos nas autoestradas porque poupamos combustível, não mudamos a graduação das lentes por agora, deixamos de fumar, mas apetece-nos fumar mais que nunca, deixamos o yoga e aparecem-nos dores novas, poupamos menos apesar dos muitos planos de poupança, abdicamos do fairy, só trocamos os lençóis a cada duas semanas, lavamos as toalhas e os lençóis a 40 graus apenas, fazemos sopas, muitas sopas, fazemos menos telefonemas, mandamos mais mensagens, reavaliamos o nosso tarifário de telemóvel, reduzimos a nossa potência contratada à edp, renegociamos o valor mensal do meo, baixamos a temperatura do esquentador, aplicamos temporizadores às fichas dos aquecedores, evitamos o forno elétrico e o micro-ondas, fazemos os nossos próprios bolos de aniversário, oferecemos menos jantares ou lanches lá em casa, comemos mais pão, fazemos o nosso pão, fazemos pijamas da roupa da decathlon, trocamos guardanapos de papel por guardanapos de tecido que usamos por uma semana antes de serem lavados, fazemos rodilhas da roupa velha e rota, não usamos a nespresso e bebemos pensal ao pequeno-almoço, divorciamo-nos porque é benéfico em termos fiscais, mas tendo sempre presente esta realidade inexorável que estes palhaços lambecusprótroikaeuropa parecem esquecer:

NÃO SOMOS ESTUPIDOS.

posto isto, vou de férias. um bem haja a todos.

07/03/2012

dia 7

desafio março: estação




oh yeah. leveza.

dia 6

desafio março: sabor

PÃO E QUEIJO

nem pestanejei para chegar a esta resposta. pão e queijo são alimentos para a alma. podem ser degustados a qualquer hora do dia e noite e ficam bem em qualquer estação do ano. podem ser entrada, acompanhamento, prato principal e até sobremesa. a falta destes dois alimentos é das únicas desvantagens de viajar (sim, já tive em muitos sítios onde não havia pão e onde queijo, a aparecer, era la vache qui rit).

e vou com atraso nesta postadela, paciência, o trabalho ocupa-me ocupa-me, um horror, mas isto tem tendência a piorar e quase que aposto que para a semana nem posto nada!

05/03/2012

dia 5

desafio março: foto

quando vi, este manhã, a foto que a Fuschia escolheu para este dia fui assaltada por uma imensa saudade da minha Matilde, a minha última gata que ainda por cima é branquinha como a dela. Espero que ela não me leve a mal, mas sendo eu uma copiona que não encontra neste desafio um dia dedicado aos animais (grande falha!), aproveito para deixar um cliché de gatos, ou seja, sol e uma cama de improviso:

04/03/2012

dia 4

desafio março: amuleto

não tenho. acho enfadonho e um pouco paranóico.

é como a cena das superstições: quero lá saber disso! haja paciência para manias de não meter malas não sei onde, ou sapatos, ou não passar por baixo de escadas, ou contar quantos estão à mesa!

02/03/2012

dia 2

desafio março: mãe

uma palavra:complicado. muito.


mas tu sabes que há todo um campeonato diferente no qual joga a tua mãe e tu nem suplente és, quando as tuas amigas perguntam-te se a tua mãe vai ao Eco Coaching Festival no Zmar.


É que depois dela frequentar retiros em que é proibido falar por mais de uma semana, ir a um «festival de coaching e bem estar, com consciência ecológica, que proporciona aos seus visitantes uma experiência de team building, motivação e mudança, em comunhão com a natureza» é uma coisa bastante natural e pacífica.

 

01/03/2012

dia 1

desafio março:


calculo que andarão por aí a postar a literatura da vossa vida, aquela que vos traz grandes memórias, a literatura dos vossos autores preferidos. eu trago-vos o livro que me garante o sustento e que tanta alegria (e marretadas) já me proporcionou. através deste livro, ou do que ele representa, já viajei para 3 continentes, já degustei as melhores refeições e rodeei-me de confortos :-) 

dia 0.1 (duplamente, por acaso)

desafio lançado pela Fu ao qual adiro já de seguidinha.

Março:

1. Livro
2. Mãe/Pai
3. Local
4. Amuleto
5. Foto
6. Sabor
7. Estação do ano
8. Amor
9. Mania/superstição
10. Parte do dia (manhã, tarde, noite)
11. Sobremesa
12. Cidade
13. Cheiro/Perfume
14. Calçado
15. Local de férias
16. Filme
17. Frase/Poema
18. Feriado
19. Série
20. Objecto
21. Maquilhagem
22. Lingerie
23. Solidão
24. Data
25. Medo
26. Comida
27. Sonho
28. Pessoa
29. Look
30. Sedução
31. Saudade

29/02/2012

Da excepcional normalidade*

Não sendo especial eu sou verdadeiramente fantástica, mas não sou única. Como eu, remas de fantásticas pessoas andam por esse mundo fora, desejando nada mais além da normalidade. Pessoas que procuram uma excepcional (hoje, quer no mérito, quer na frequência) sensação de pertença e reconhecimento da normalidade.

Dito isto, acresce referir que não consigo ter filhos (pelo menos não consegui até agora, mas para lá caminho evidentemente) e tal como já referi, como eu, resmas de outras pessoas também ainda não conseguiram ou sequer o conseguirão. Há um traço comum a todos nós, surpresa, somos normais. Pertencemos a esta sociedade e até nos predispomos a trazer ao mundo quem também a ela venha a pertencer. E digo-vos isto porquê? Quando alguém normal (portanto alguém que tenha 1 par de olhos, 1 par de pernas e 1 par de braços –ah esqueçam porque mesmo quem tenha só 1 perna ou só 1 braço também é normal) vos confidencia que está a tentar ter filhos, sem sucesso, e que está  a fazer tratamentos de fertilidade ou que tenciona fazer ou até que já os fez, geralmente não procura a vossa compaixão, a vossa imensa sabedoria acerca de coisa nenhuma e, em especial, com ênfase e tónica, não procura um monólogo exaustivo acerca de todas as experiências iguais ou semelhantes que conhecem. Portanto, histórias acerca das vossas amigas imensamente inférteis e maridos estéreis, da vossa tia ou prima, da cunhada e cunhado, ou mesmo da amiga da amiga não são, em regra, aquilo que nos apetece ouvir. E explico porquê: em bom rigor, quando vos confidenciamos alguma coisa não esperamos ouvir, mas sim ser ouvidos. Sim, esse imenso cliché, ser ouvido.

Por outro lado também não nos apetece ouvir conversa de fazer conversa. Coisas simpáticas de se dizer como “as pessoas não têm noção, mas ter um filho é um verdadeiro milagre” podem não surtir o efeito desejado, muito pelo contrário (!), pregar o milagre da concepção como quem explica um algoritmo matemático digno do nobel da ciência a quem acalenta a ideia que a matemática, a ciência e a medicina lhe possam fazer aquilo que o alinhamento de planetas e a reza aos deuses não faz por si só, pode não ser a melhor ideia. O truque, muitas vezes, é ficarem calados – não receiem, pois calados são só um par de ouvidos que é o que se espera de vós.  

Outra atitude a evitar é a da condescendência. Nem todos aqueles que vos confidenciam tais propósitos encontram-se em busca do santo graal em estado de desespero absoluto. Arriscaria a dizer que grande parte dessas pessoas vive uma vida como a vossa, levando um dia atrás do outro, trabalho, família, diversão, inquietações (ok ok algumas injecções a horas certas), levar o carro à revisão, pagar o selo, etc.. Nem todos estão em desespero. Daí que devam ser evitados conselhos acerca da ansiedade e nervosismo e do quão contraproducentes são esses estados de espírito nessa nossa inquietante busca pela descendência entretanto por vós novelada, especialmente quando quem vos confidencia tranquilamente e de forma segura tem um ar, aparentemente, normal.

Do que antecede acho que facilmente concluirão que tudo o que têm feito é, grande parte das vezes, errado. Mas a lição que se pretende é tão só aquela que vos poderá ser mais fácil de ora em diante adoptar, ou seja, é a lição da troca directa. Se vos confidenciarem um sorriso, sorriam. Se vos confidenciarem uma lágrima, chorem. Se vos atacarem com uma verborreia difícil de igualar, não tentem igualar. Se vos tratarem com silêncio, procurem ser discretos e menos curiosos. Se vos confidenciarem técnicas científicas e medicinais, escutem com atenção e interesse. Se a linguagem corporal assim o disser, abracem.

* a normalidade não é um desejo comum a todos, há quem deseje precisamente o contrário: o tratamento diferenciado, especial, a histeria e a peninha. Mas a autora não se compadece com exigências do rigor jornalístico que, aliás, não pretende abarcar.

28/02/2012

and the oscar goes to...

Thank God For Fast Forward


estive a ver ontem a gravação da noite dos óscares que o querido meo gravou de ponta a pavio e perdi de uma assentada só qualquer fascínio que aquele espectáculo ainda exercia sobre mim.
aborrecido,  enfadonho, demasiado programado, muito encher chouriço de tal forma que quase dei cabo do botanito »»

22/02/2012

if only i could...

6000 caracteres em meia-hora são sensivelmente 200 caracteres por minuto, formidable. Se contarmos com os espaços, que são caracteres também, estamos a falar de cerca de 35 palavras num único minuto, ou seja, 2 linhas e meia no word em verdana 10. 

uáu.

21/02/2012

3 coisas

1. é muito esquisito trabalhar num domingo.

2. 97% da população activa em lisboa encontra-se, neste momento, em árduo trabalho doméstico.

3. hoje teria sido um bom dia para arranjar os buracos da 2ª circular.




(i mean, really, até as lojas dos chineses estão fechadas. wtf!!)

16/02/2012

palavra do dia

mundo em geral,

será petulância e condescendência a mais da minha parte, pedir-lhe, encarecidamente, que não volte a pronunciar as letrinhas c, a, m, b, r, i, a, s todas de seguida, resultando, foneticamente falando, em cambrias, querendo com isso dizer cãibras?

obrigada.

14/02/2012

vamos lá ser criativos, vá!

«Professor assistente de Direito, Ivo Miguel Barroso apresentou queixa na Provedoria por considerar que o “novo Português” fere a Constituição da República, e afirma que “a língua não se muda por decreto”.

Defende Ivo Miguel Barroso que a actual Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976, está escrita em Português anterior a 1990 - data do Acordo Ortográfico - logo, do ponto de vista técnico, uma actualização ortográfica não pode ser feita, sem que haja uma revisão constitucional, segundo as normas do Acordo Ortográfico.

Todavia, ainda assim, uma tal revisão não poderia ter efeito retroactivo, “convalidando os diplomas anteriores à data dessa revisão, que continuariam a ser inconstitucionais”, afirmou à Lusa.

Na opinião de Ivo Miguel Barroso, que contesta o Acordo Ortográfico, essa hipotética revisão constitucional não se afigura possível, pois atentaria contra limites materiais de revisão, nomeadamente “o princípio da identidade nacional e cultural e o núcleo essencial de vários direitos, liberdade e garantias”.

Segundo Ivo Miguel Barroso é necessária uma “revisão constitucional” para que seja revista a ortografia e logo se aceite o Acordo Ortográfico. A outra possibilidade é a “republicação da Constituição segundo a nova grafia, aprovada que seja pela Assembleia da República uma lei de revisão”.»

a minha faculdade já teve dias melhores...

09/02/2012

vamos todos ao mesmo

e sempre ao mesmo tempo.

é curioso que ao fazermos buscas de alojamento no booking exista sempre alguém (geralmente duas pessoas) que estão a ver exactamente o mesmo alojamento e exactamente ao mesmo tempo. Mais curioso ainda é que há menos de duas horas foi feita a última reserva naquele sítio que pesquisamos.




(isto é científico e profusamete experimentado. ainda agora experimentei com as pensões e residenciais mais rascosas da nossa lisboa)

08/02/2012

mood for the day:

um ligeiro e precoce início da 3ª idade é o que sente após aviar uma receita médica no valor de 140€.


next: mamas postiças, esticanço do rosto, brushing semanal e mg descapotável.
omg!!!

e a cena dos feriados?

o que é que eu tenho a dizer acerca disso? ah já sei. nunca comemorei a implantação da república nem a restauração da independência. talvez se andasse na escola ou universidade nesses dias em vez de ficar em casa e caso tivessem incluído nos programas curriculares um qualquer evento alusivo ao dia em questão, os teria celebrado. mas não, mandam-nos para casa e em casa não há cá república ou independência que vença sobre o lazer.

quanto à assunção de nossa senhora e ao corpo de deus é um benzádeus quando me lembro do que são.

e o carnaval hmm? sempre comemorei. na minha terra as comemorações começam 4/5 semanas antes com assaltos carnavalescos, bailes de debutantes, bailes temáticos, bailes de gala, batalha das limas e festas de amigos, amigas, compadres e comadres. impacto da medida na minha terra: nenhum. simplesmente vão dar tolerância de ponto na pública e na privada e celebrá-lo na mesma.

o debate devia ser desprovido destas questiúnculas acerca do simbolismo dos feriados. estabeleçam feriados àquilo que se comemora e se celebra e não apenas ao que simboliza qualquer coisa completamente desfasada do nosso quotidiano. se querem que se comemore algum evento histórico promovam-no no ensino.

07/02/2012

dá-me só um minutinho Leo

tou mesmo quase a apanhar-te ;-)

absolutely fabulous


Madonna - Half Time Show (Super Bowl 2012)

esta mulher supera-se a cada desafio e está cada vez mais gira. obcecada pelo detalhe e pela perfeição foi só pena não tê-la visto nesta performance nas suas melhores condições físicas, mas ainda assim, é notável a sua prestação e boa disposição em palco. love it.

03/02/2012

Top 5 dos mais irritantes hábitos de condução

(elencados sem qualquer ordem que não a da minha memória)

1. os tipos que têm a mania que sabem. geralmente não sabem. aliás, geralmente tiraram a carta de condução num breve momento de concentração e afluxo de neurónios ao cérebro. Depois disso, bái bái, kapput. Nunca mais procuraram entender as regras de código ou confirmá-las sempre que tivessem uma dúvida. ah pois, não têm dúvidas. destacam-se aqui todos aqueles que acham que quando não há semáforo os peões na passadeira não têm prioridade, ou aqueles que conhecem de cor e salteado a regra da prioridade à direita mas sempre que vão numa via “principal” (aceção fictícia geralmente encontrada para a via em que circulam – todas as outras são secundárias) não dão prioridade aos que circulam num entroncamento à direita. 

2. os tipos que acham que todos fazem merda, menos os próprios. nas raríssimas ocasiões em que são apanhados em flagrante infração, estes oportunistas dirão que é a primeira vez que fazem aquilo, nunca o tinham feito antes e até sabem que é chato, mas em todo o caso, em abono do infractor, a verdade é que não estão a incomodar ninguém porque avaliaram previamente todos os prós e os contras das suas ações e não havia qualquer impacto negativo para qualquer condutor/peão. um exemplo paradigmático deste tipo de condutor é aquele que estaciona em segunda fila, e já agora só para dar mais um cheirinho, na segunda fila de um lugar de estacionamento vago. o condutor dirá «ah e tal mas eu não demoro vou só ali e já venho, não queria ocupar este lugar vago e pensei não estar a incomodar alguém já que há outra via que pode ser utilizada sem ser esta!». outro exemplo é o do tipo que estaciona em cima do passeio ou no lugar de deficiente (bom este último caso é paradoxal porque ao fazê-lo efetivamente cumpre com o pré-requisito para ali estacionar).

3. o tipo que vive neste mundo até se sentar ao volante, altura em que assume a posição de piloto virtual de ralis.  este tipo jogou imenso sega rally championship, playstation ou outra merda qualquer. ou então não, nunca jogou mas adoraria ter passado a sua adolescência num simulador de carros de rali. situam-se neste enquadramento os tipos nos seus seat leon ou opel corsa comercial que ziguezagueiam o trânsito e enfiam-se à tua frente sem qualquer aviso prévio e julgam que não vale a pena usar piscas porque são tão rápidos que nem te dás conta que se meteram e saíram da tua frente enquanto pestanejavas.

4. o tipo que confunde velocidade com prioridade e só consegue ler até aos 10 e depois dos 200. para este tipo, qualquer sinalética de velocidade superior a  10 e inferior a 200, é indiferente, pois não a consegue ler e, por isso, não sabe o que significa. tem uma vaga ideia que aquela sinalética vertical redondinha, com aro vermelho e circunferência branca está a querer dialogar com ele, mas como não fala a mesma língua ignora-lhe. encontram-se aqui todos os condutores de BMW’s, Audis, Volvos e Porshes (os mereces ganham mais mercado na 3ª idade, mas atenção que as gamas altas da Citroen começam a ganhar terreno junto dos velocistas) que freneticamente nos acenam com os máximos quando nos encontramos à frente e não nos atiramos rapidamente ao rio para que possam passar. estes tipos estão sempre com pressa e têm sempre mais que fazer que andar no trânsito. são geralmente pessoas muito ocupadas.

5. taxistas. nada a dizer. o perfil idiota vem com a profissão, acho que é um pré-requisito. não há muito a acrescentar ao que todos já sabemos acerca de tão deplorável espécie, mas obviamente que reúne todas as capacidades acima descritas.

e não é por acaso que falo sempre no masculino. para quem faz 80 quilómetros diariamente há cerca de 3 anos os dados empíricos que disponho são quase infalíveis. claro que também existem mulheres apressadas, analfabetas, com tiques e egocêntricas (até tive uma que me perseguiu um dia –medo!), aliás até acho que cada vez existem mais, mas ainda são uma amostra muito pequena quando comparada com a amostra masculina.

30/01/2012

27/01/2012

I AM BACK

AND I AM ALIVE

depois de três semanas infernais de trabalho, formação, com desafios profissionais e pessoais, tudo cumprido tudo superado, voltei. e é sexta-feira por isso deixo-vos com a palavra do dia no priberam :-)

25/01/2012

12/01/2012

serviço de alguma utilidade pública

amigos,

a música que compraram à vossa operadora móvel numa campanha que receberam via sms e é que é muita gira e que vos custou apenas meia dúzia de patacas e que toca para quem vos liga e espera ser atendido padece dos seguintes defeitos:

- é uma pinderiquice sem paralelo no mundo das telecomunicações;

- é uma merda;

- não serve para nada (a sério, acham mesmo que alguém vai estar divertido a ouvir a música com o sinal de espera atrás??);

- é uma merda;

- ninguém gosta (é um desafio imenso encontrar alguém que goste - why bother?)

- é uma merda;

- como raramente ligam para vós próprios, até se esquecem que a música que lá têm é o hit de verão de 1996, cantado pelo zé das couves que entretanto foi condenado por pedofilia;

- é muito 2002 e ninguém quer ser 2002.

obrigados.

11/01/2012

e já é carnaval

todas as prendinhas que enviei numa listinha ao pai natal acabaram por aparecer e são um consolo, a sério. não há nada  (ok, tirando boa música) que me emocione tanto como uma boa série como qualquer uma destas (que não são boas, são mesmo excelentes):


e este:


e a dificuldade em arranjar a "Life" da BBC edição original??? esta mania de fazerem uma produção nacional retirando a narração do Attenborough é nojenta! e serve para quê? hmm? um singelo contributo para a redução da taxa de desemprego, é?

e ainda tive direito a um brinde que nem havia pedido:

09/01/2012

PIP

Para o final do cursinho temos de preparar o nosso trabalho final: Plano de Intervenção Pedagógica ou PIP

arranjaram-lhe um nome tão pomposo para depois usarem uma sigla pimba.

05/01/2012

calafrios

à medida que vou lendo com atenção cada linha do Orçamento de Estado para 2012 vou sentido calafrios e vai-me apetecendo mais tempo de reflexão acerca da cada vez mais atraente ideia de emigrar.

03/01/2012

a todos os visionários

uma grande salva de palmas. o que seria deste país sem cavacos e cristas, a sério?

hoje a lusa noticiava que o campo está a atrair cada vez mais jovens com e sem formação que procuram saídas profissionais no ramo da agricultura. concluiu, portanto, que era a resposta aos apelos de cristas e de cavaco por ocasião da sua mensagem de ano novo.

ele falou e a malta foi a correr pó campo de enxada na mão e tudo. e ainda falam do poder do grande kim jong-il...

02/01/2012

pragas

logo a seguir à praga dos sms com votos de bom natal e essas merdas, vêm os postais de natal e ano novo no facebook com identificação de toda a carteira (palete) de amigos e a estupidez de alguns que ainda se dão ao trabalho de ir lá comentar a porra do postal fazendo com que todos recebam notificações.

é que é tão tecla 3... (aprendido este natal via primalhadas no início da sua adolescência)


ah e bom ano a todos ;-)