30/11/2011

triste

porque nunca vi radiohead ao vivo e é um de muitos sonhos que tenho.

triste porque os radiohead vêm a Portugal em 2012 e actuam no optimus alive.

triste porque provavelmente vou ter de ir para ouvir um concerto de merda que valeria o triplo ou o quádruplo ou o quinto ou mais ainda se fosse no coliseu, por exemplo.


.:everything in its right place - radiohead:.

29/11/2011

hoje

Há nevoeiro e leiloa-se o único retrato de D. Sebastião.




dava um belo argumento de filme.

28/11/2011

5 de Outubro

Se chegaste aqui imbuído no espírito republicano que o título deste escrito induziu, desengana-te.
A ser uma república é a república das bananas, ou talvez não. Sei que as bananeiras resistem a temporais bem mais fortes que alguns dos alicerces existentes na Avenida 5 de Outubro a que se dedica este escrito. Percorro esta 5 de Outubro todos os dias. Melhor, percorria.
Uma das artérias principais da cidade de Lisboa está parcialmente fechada ao trânsito dado à instabilidade de um dos seus prédios e possível ruína eminente. Assim sendo, feche-se o trânsito. E assim está a nossa cidade. Por si só, este facto revela que há um cancro que mói esta cidade, que lhe tolda o seu desenvolvimento e veste-lhe de luto. Mas o pior é que é sintomático de uma realidade que não se encontra na agenda de nenhum movimento político como bem necessitaria.
No ano passado, julgo que mais ou menos por esta altura se não me falha a memória, a mesma 5 de Outubro fechou parcialmente ao trânsito exatamente pelo mesmo motivo. Na altura era o prédio ao lado do que agora ameaça ruir que oferecia risco para a segurança pública. Acabou por ruir fruto de uma desesperada intervenção que nunca aconteceu e abriu-se, então, a via ao trânsito.
Neste momento aguardamos que o trânsito da 5 de Outubro seja normalizado. Isso e mais uma ‘notícia’ dramática acerca da queda de um prédio acompanhada da ocasional entrevista ao comandante regimento de sapadores bombeiros de lisboa e técnicos da câmara… 
Implantou-se a República, mas não se cuidou de a manter.

24/11/2011

pensava que não ia viver o suficiente para isto.

mas descobri há pouco uma pessoa que não conhecia o format painter (pincel de formatação [?]) no word.


e não era uma pessoa qualquer. era uma "certa e determinada" pessoa que usa o word todos os dias e há muitos anos.

no comments

balanço

Estamos cá todos, não houve baixas. Viemos todos e sem grandes problemas. Excepto uma, coitada, deve estar na plataforma dos comboios desde as 7h à espera que passe qualquer coisinha.

A entrada em Lisboa estava bem mais calma que o habitual, mas o centro...upa upa.

E fica-se-me esta duvida essencial: então quais são os sindicatos que pagam o dia aos grevistas?

21/11/2011

curiosidade

assalta-me esta duvida imensa de saber se as pessoas, mas em particular os professores, que escrevem, e muito, em blogs e por aí fora sem uso, ou com escasso uso de acentuação, não se esquecem no seu dia a dia, ou quiçá no ensino, de acentuar as mesmíssimas palavras que repetidamente escrevem desnudas de acentos gráficos.

se cá viessem à minha chafarica perguntar-lhes-ia, mas por educação com as congéneres blogueiras ainda não fiz e morro de curiosidade.


oh yeah

tomem lá esta berlaitada que acebei de sacar dos meandros da minha memória musical :-)

É Natal sim senhor, não há duvida.

e gostei tanto da papeleta do ordenado. tanto.

17/11/2011

nem só de cores vivas vivemos

ou de escândalos que vai dar mais ou menos ao mesmo.

estas peculiares montagens desta famosa cadeia de roupa de beto - não me interessa outra opinião que não aquela que associa a origem da palavra 'beto' a esta marca de roupa - a mim não me convencem, ou como dizia o outro, não me assistem.

já pensava assim com todas as outras campanhas da mesma marca, todas elas com o mesmo propósito que, a propósito, é tudo menos filantropo, mas cujo mediatismo e populismo reivindicam uma atenção popular e judicial altamente compensatória a nível comercial.

e isso de ser altamente compensatório a nível comercial é quanto baste para se lhe tirar o chapéu se para aí virados estivermos. mas como as relações entre grandes líderes religiosos ou políticos, a situação das coreias e a velha questão política do médio-oriente até me preocupa um pouco, não é com um beijinho que acho que ficámos mais perto de mudar o mundo. 

15/11/2011

Mais uma raça a extinguir

Polícias de trânsito. A sério, servem para quê mesmo? É vê-los estáticos que nem postes no passeio, colete amarelo, para que não passem despercebidos, e um dom inato de enfezar o trânsito (as bestas que circulam na estrada têm medo desta raça, vai-se lá saber porquê, então travam e abrandam e fecham os olhinhos à espera que passe).
Além de postes amarelos, os polícias de trânsito também gostam de se exibir na arte de tirar medidas. É vê-los onde exista um toquezinho da treta entre carros com as suas fitas métricas em punho. Olhem que é trabalho exigente. De tal forma que vão em equipas e, primeiramente, vai um senhor agente da autoridade averiguar as versões de ambas as partes acerca do acidente, enquanto o outro fica a ver o acidente de vários ângulos (provavelmente trata-se de uma prática que antecede a de tirar medidas). Ambos tiram notas. Depois o agente da autoridade que fez a verificação das condições locais saca do seu aparelho medidor e o outro agente da autoridade vem ao seu auxílio para aguentar uma das extremidades da fita métrica e tomar notas. As medidas são tiradas em vários ângulos e relativamente a vários pontos o que permite, a posteriori, ter uma visão tridimensional do acidente (visão essa que depois é espelhada no croqui do auto policial, já lá vamos). Esticam a fita para medir a distância entre os carros, a distância entre o veículo A e o passeio, o semáforo, a sinalização vertical, a sinalização horizontal, a árvore que se encontra no passeio, a pedra de cerca de 10 cm de diâmetro que se encontra na faixa de rodagem, o eixo da estrada, o triângulo de emergência, etc., depois repete o esquema considerando a distância para o veículo B. Não esquecendo que tudo isso é devidamente anotado, lá está, no auto policial.
Depois desta trabalheira toda (trabalho árduo não julguem), o senhor agente da autoridade tem ainda que elaborar um croqui no auto policial que reflita, tridimensionalmente, o acidente.
No decurso desta azáfama policial, ficam as bestas (como aqui a je) paradas no trânsito porque o acidente está, digamos que, a obstruir as faixas de rodagem por onde normalmente circulam os veículos (e eu digo normalmente porque dias há em que já se conduzia passeio acima!).
Ó raça… e eu a pensar que a única raça a extinguir era a dos taxistas!

10/11/2011

Ao ler o Plano estratégico dos transportes - horizonte 2011-2015, publicado hoje em Diário da República, tornou-se óbvio na mente iluminada que aqui vos escreve, que este governo parece uma consultora, tal é o jeitinho na apresentação de metas, estratégias, orientações, coordenadas e tudo isso brilhantemente apresentado em powerpoint. Destaca-se do governo anterior, pois esse recorria à consultoria como quem recorre ao sal na cozinha. Este levou consigo todos os consultores de Lisboa abaixo dos 33 anos. Resta saber se estes meninos deloitianos sabem executar medidas e se tem os cojones para viverem de acordo com o que apregoam.