11/07/2012

a ironia

A ironia e castigo da vida por não ter conseguido um quarto privado, num hospital privado e após autorização do seguro, na noite anterior a uma cirurgia relacionada com problemas de infertilidade, por ter havido um boom de grávidas a fazerem cesarianas hoje...




odeio mulheres férteis!


:-)

09/07/2012

(Já) em modo defensivo

Sabendo de antemão o que aí vem [carradas de blasfémias a este credo do funcionário público] resta apenas começar a pensar em medidas alternativas às que o governo certamente já tinha em manga caso se verificasse este cenário da inconstitucionalidade – ah e tal julgam que estes gajos estão a dormir? As continhas estão feitas hácanos!

Eu tenho uma. E é rápida. Basta implementar e fazer com que funcione grande parte dos regimes que já foram criados para inglês – ou será alemão? – ver e o resultado pode ser uma agradável surpresa. Mobilidade e avaliação. Há muito funcionário público sem fazer nenhum? Verdade. Há muita entidade a queixar-se que não tem mãos a medir e faltam-lhe recursos? Verdade. E o que fazem para colmatar essa falha? Outsourcing, pois é. A quem? Empresas de trabalho temporário e consultoras, vão por mim são contratos que valem milhões por ano (assim, tipo a lot de milhões). E transferir o pobre funcionário que está sem fazer nada e até tem qualificações e experiência para fazer aquele trabalho? Upa upa ninguém sabe bem como é que aquela coisa da mobilidade funciona e tal e depois é uma chatice porque nunca se sabe o que nos sai na rifa. Pois, pois, porque quando se contrata fora é tudo de excelência, né?

E depois há aquela coisa do funcionário público que não faz nada e falta todas as semanas e vem trabalhar bêbado e a lei protege-o e tal, e que se fosse na privada já estava despedido [a receber RSI muito provavelmente] e coiso e tal. Chefes deste mundo e arredores (by the way, uma década de trabalho na administração pública levam-me a crer que uma boa parte das chefias vem do sector privado [consultores ahahaha], nomeados por compadrio daqueles que criam as comissões especiais para fiscalizar as nomeações públicas e com regimes apertadíssimos de nomeação e coiso), dizia, chefes deste mundo e arredores existem meios, mecanismos, vá, sistemas que podem “entrar em produtivo” e que permitem avaliar negativamente os seus fiéis súbditos quando não se comportem à altura. Existem também meios, mecanismos, vá, instâncias que podem fiscalizar baixas fraudulentas e – pasmem-se – os funcionários públicos podem e DEVEM ir passear verificando-se fundamento para tal. A tal década mostrou-me que as chefias estão-se nas tintas para a avaliação – dão sempre por cima para não se chatearem – e jamais considerariam a abertura de um processo disciplinar ao funcionário bêbado que dorme durante o horário de expediente. Jamais.

E se pensam que esta medida tem um impacto muito pequeno no orçamento de estado, desenganem-se. Vão muitos milhões por ano na má gestão dos recursos humanos existentes.