15/11/2011

Mais uma raça a extinguir

Polícias de trânsito. A sério, servem para quê mesmo? É vê-los estáticos que nem postes no passeio, colete amarelo, para que não passem despercebidos, e um dom inato de enfezar o trânsito (as bestas que circulam na estrada têm medo desta raça, vai-se lá saber porquê, então travam e abrandam e fecham os olhinhos à espera que passe).
Além de postes amarelos, os polícias de trânsito também gostam de se exibir na arte de tirar medidas. É vê-los onde exista um toquezinho da treta entre carros com as suas fitas métricas em punho. Olhem que é trabalho exigente. De tal forma que vão em equipas e, primeiramente, vai um senhor agente da autoridade averiguar as versões de ambas as partes acerca do acidente, enquanto o outro fica a ver o acidente de vários ângulos (provavelmente trata-se de uma prática que antecede a de tirar medidas). Ambos tiram notas. Depois o agente da autoridade que fez a verificação das condições locais saca do seu aparelho medidor e o outro agente da autoridade vem ao seu auxílio para aguentar uma das extremidades da fita métrica e tomar notas. As medidas são tiradas em vários ângulos e relativamente a vários pontos o que permite, a posteriori, ter uma visão tridimensional do acidente (visão essa que depois é espelhada no croqui do auto policial, já lá vamos). Esticam a fita para medir a distância entre os carros, a distância entre o veículo A e o passeio, o semáforo, a sinalização vertical, a sinalização horizontal, a árvore que se encontra no passeio, a pedra de cerca de 10 cm de diâmetro que se encontra na faixa de rodagem, o eixo da estrada, o triângulo de emergência, etc., depois repete o esquema considerando a distância para o veículo B. Não esquecendo que tudo isso é devidamente anotado, lá está, no auto policial.
Depois desta trabalheira toda (trabalho árduo não julguem), o senhor agente da autoridade tem ainda que elaborar um croqui no auto policial que reflita, tridimensionalmente, o acidente.
No decurso desta azáfama policial, ficam as bestas (como aqui a je) paradas no trânsito porque o acidente está, digamos que, a obstruir as faixas de rodagem por onde normalmente circulam os veículos (e eu digo normalmente porque dias há em que já se conduzia passeio acima!).
Ó raça… e eu a pensar que a única raça a extinguir era a dos taxistas!

3 comentários:

  1. ai, tanta raça que se extinguia para bem da humanidade :)

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  2. O Fuschio diz que só os põem lá para aumentar a confusão :P

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  3. tanta raça incrível em vias de extinção e outras cuja expansão só atrapalha o nosso dia a dia.

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